Aluno: Kaleb Santos
Professor: Ermeson Nathan
Junho chega como quem dança quadrilha: com passos marcados, sorriso no rosto e cheiro de milho no ar. É o mês em que o tempo desacelera para que a cultura popular ocupe as ruas, as praças e — por que não? — as telas dos celulares.
O São João não é só festa: é tradição que pulsa no peito. Cada bandeirinha balançando ao vento parece contar uma história — da avó que fazia pamonha na palha do milho, do avô que ensinava os passos da quadrilha, da tia que cantava “Olha pro céu, meu amor...” com os olhos brilhando mais que os fogos. Memória afetiva é isso: um caldeirão de lembranças onde cabe de tudo — até um vestido de chita que ficou pequeno, mas nunca saiu do coração.
Nas conversas de balcão e nos comentários de redes sociais, as narrativas se cruzam. Há quem conte do São João de antigamente, com sanfona na calçada, e há quem mostre o arraial virtual, com filtros de chapéu de palha e tutorial de canjica no TikTok. As mídias mudam, mas a essência resiste — como brasa que não apaga.
E é aí que moram as goianidades — aquelas peculiaridades do nosso jeito de ser, de falar, de celebrar. Um São João na Bahia não é igual ao do interior de Pernambuco, nem ao do sertão do Piauí. Mas todos carregam o mesmo fogo: o da expressão cultural que desafia o tempo, que se reinventa sem se perder.
A comunicação se espalha feito balão no céu de festa. O rádio toca o forró raiz, a TV mostra as festas das capitais, o WhatsApp distribui convite para o arraiá da rua de baixo, e o Instagram vira vitrine de chapéus, bandeiras e amores de época. É um diálogo entre gerações, entre o ontem e o agora, feito de sons, cores e sabores.
Junho é mais que um mês. É um estado de espírito. É o Brasil dizendo, com todas as letras, ritmos e cheiros: “Essa é a nossa festa. Venha dançar com a gente.”
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Caráter Pessoal e Reflexivo: O autor imprime suas percepções e sentimentos sobre o mês de junho e o São João, convidando o leitor a uma reflexão afetiva e íntima sobre a tradição. A linguagem é evocativa e pessoal, sem ser excessivamente formal.
Abordagem do Cotidiano e da Cultura Popular: O texto explora uma celebração cultural bastante presente no dia a dia brasileiro, o São João, descrevendo seus elementos sensoriais e culturais de forma acessível e focada na experiência humana, e não em uma análise aprofundada.
Linguagem Poética e Evocativa: O uso de metáforas, descrições sensoriais detalhadas e a capacidade de evocar imagens e sentimentos tornam o texto literário e convidativo à reflexão sobre oar cultural da festa, utilizando um estilo fluido e envolvente.
Aluna: Aysha Duarte
Professor: Ermeson Nathan
Junho chega de mansinho, mas ninguém pode dizer que ele passa despercebido. Há um cheiro no ar que denuncia sua presença antes mesmo que o calendário confirme: cheiro de fumaça boa, de milho cozido, de bolo de fubá saindo do forno. Junho é tempo de festa, e não qualquer festa — é tempo de São João.
É engraçado como esse mês carrega uma alegria que parece ter vindo de outra época. As ruas se enfeitam com bandeirolas coloridas que dançam com o vento, como se o céu também resolvesse brincar de quadrilha. Os fogos estouram não só no céu, mas no peito de quem sente essa energia única que só o São João oferece: uma mistura de tradição, saudade e vontade de dançar até o chão de terra virar poeira.
Na roça ou na cidade, não importa. O forró se espalha como perfume forte, invadindo quintais, escolas, igrejas e praças. É o mês em que as sanfonas choram e sorriem, contando histórias de amor e de saudade em cada acorde. Junho é aquele velho amigo que chega com as mãos cheias de lembranças da infância: dos trajes de matuto, das fogueiras altas, das brincadeiras de cadeia, do correio elegante que fazia o coração bater mais forte.
E tem a comida. Ah, a comida! Ninguém sai ileso das tentações juninas: canjica, pamonha, pé de moleque, cocada, arroz-doce... Cada receita é um pedaço da memória de alguém, um afago no estômago e no coração. Junho é quando a cozinha vira altar e o milho é o santo mais venerado.
Mas nem tudo é riso e festa. Junho também traz aquela pontinha de nostalgia. Talvez seja o frio que convida ao abraço que não veio, ou as lembranças de quem já dançou quadrilha com a gente e hoje só dança na nossa memória. Mesmo assim, seguimos celebrando, porque São João é mais do que uma festa: é resistência cultural, é fé que dança, é alegria que sobrevive ao tempo.
Junho é um pedaço do Brasil que insiste em ser feliz, mesmo quando o resto do ano tenta convencer do contrário. É um mês que nos ensina que a felicidade pode estar num arrasta-pé descompassado, num copo de quentão, num sorriso banguela de criança correndo ao redor da fogueira.
Junho é, enfim, o coração batendo no compasso da zabumba. E que nunca nos falte São João pra lembrar que viver também é festa.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Caráter Pessoal e Subjetivo: O autor imprime suas percepções e sentimentos sobre o mês de junho e o São João ("cheiro no ar que denuncia sua presença", "coração bater mais forte"), convidando o leitor a uma reflexão afetiva e íntima sobre a tradição.
Abordagem do Cotidiano e da Cultura Popular: A crônica aborda um tema amplamente conhecido e vivenciado – as festas juninas – descrevendo seus elementos sensoriais e culturais de forma leve, sem aprofundamento acadêmico, focando na experiência humana.
Linguagem Poética e Evocativa: O texto utiliza figuras de linguagem ("sanfonas choram e sorriem", "cozinha vira altar", "milho é o santo mais venerado") e uma linguagem fluida e expressiva para criar uma atmosfera que envolve o leitor e ressoa com suas próprias memórias e sentimentos sobre a festa.
Aluna: Lara Geovanna Silva Queiroz
Professor: Ermeson Nathan
Numa noite de São João, a fogueira iluminava a escuridão e aquecia as pessoas daquele frio de arrepiar os pelos dos braços. A decoração era bela: balões coloridos e barraquinhas de diversas comidas típicas e brincadeiras, todas enfeitadas com bandeirinhas de várias cores e formatos.
A música se estendia por aquele local, deixando o clima mais animado. Os fogos de artifício se destacavam na escuridão do céu, deixando-o mais colorido e iluminado. E lá estava eu, preparando-me para dançar a clássica dança junina, com um vestido todo decorado e muito colorido.
Logo quando a música começou a tocar, nós, dançarinos, iniciamos a dança, animando toda aquela gente que nos assistia enquanto gritavam e aplaudiam. O cheiro daquela deliciosa comida típica goiana me animava ainda mais, fazendo-me relembrar os momentos maravilhosos que tive com meu familiar há muito tempo atrás. Feliz São João!
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Caráter Pessoal e Rememorativo: O texto é narrado em primeira pessoa ("lá estava eu", "meus preferidos", "me fazendo relembrar") e foca nas memórias afetivas e experiências do autor durante uma festa de São João, o que é uma característica marcante do gênero crônica.
Abordagem de Tema Cotidiano com Subjetividade: A crônica descreve um evento cultural familiar (a festa junina) de forma sensorial e emotiva ("cheiro da fogueira", "frio de arrepiar", "música se estendia"), transpondo a realidade para uma percepção pessoal.
Linguagem Leve e Descritiva: O uso de uma linguagem que busca evocar imagens e sensações, sem a necessidade de um aprofundamento formal, é típico da crônica, que visa entreter e provocar reflexão através da descrição do dia a dia.
Aluna: Maria Izabella P. Alves
Sobre mim: Tenho 14 anos, sou morena alta de cabelos cacheados e sou apaixonada na cultura Japonesa e Sul Coreana, gosto também de animes e Doramas.
Professsor: Ermeson Nathan
Quando junho chega, é como se o coração batesse diferente. O cheiro da fogueira reacende lembranças antigas: o milho assando na brasa, o riso solto das crianças correndo atrás dos balões, a sanfona chorando sua alegria no compasso da quadrilha improvisada.
Essas cenas não moram só no passado; elas vivem nas ruas enfeitadas, nas mãos que moldam a dança. É a cultura popular em sua forma mais viva, onde cada gesto carrega a tradição e cada festa reafirma o pertencimento.
As goianidades nascem desse sentimento: um espaço onde a expressão criativa encontra as raízes mais profundas do povo. É nesse encontro que o São João se fortalece, não como espetáculo, mas como celebração compartilhada entre gerações.
Mais que festa, o São João é uma narrativa que atravessa o tempo. Um canto cantado ao pé da fogueira, onde cada chama aquece memórias e acende novos sentidos para nossa identidade cultural.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Caráter Pessoal e Subjetivo: O texto começa com uma reflexão pessoal ("Quando junho chega, é como se o coração batesse diferente") e evoca memórias e sentimentos do autor, o que é uma marca registrada da crônica.
Abordagem do Cotidiano e da Cultura Popular: O foco está em uma celebração cultural bastante presente no dia a dia do povo goiano, o São João, abordando-o de forma mais sensível e descritiva do que analítica.
Linguagem Leve, Poética e Reflexiva: O uso de expressões como "sanfona chorando sua alegria" e a reflexão sobre "a cultura popular em sua forma mais viva" demonstram um estilo mais literário e menos formal, convidando à contemplação.
Aluna: Júlia Rodrigues de Oliveira 8º E
Sobre mim: Meu nome é Júlia Rodrigues de Oliveira, nasci no dia 01 de maio de 2011, gosto muito de ler romance e caso criminal assim como amo ouvir músicas, escuto um pouco de tudo.
Profesor: Ermeson Nathan
Muitos esperam o ano todo para poder dançar quadrilha e comer aqueles pratos típicos de São João, como curau, pamonha e milho cozido. Enquanto olham para cima, veem as bandeirinhas coloridas penduradas em uma cordinha que atravessa de uma ponta a outra na parede, e quando olham para baixo, a animação reina entre pessoas com roupas coloridas, quadriculadas e chapéus de palha.
São João é uma data tão cheia de vida e alegria que só acontece uma vez por ano, em junho. É uma das festas mais tradicionais e culturais do Brasil, especialmente no Nordeste. Ela mistura elementos religiosos, rurais e populares, celebrando colheitas, santos católicos e as raízes nordestinas com muita música, dança e comidas típicas. É uma verdadeira expressão da cultura brasileira.
Depois que a festa acaba, ela ainda é lembrada por um bom tempo, seja com vídeos que tomam conta do Instagram, do TikTok e do YouTube, ou que passam até mesmo no jornal. É uma data alegre para se divertir e descontrair, deixando os problemas de lado e dançando quadrilha.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Abordagem de Tema Cotidiano: O texto descreve as festividades de São João, um evento cultural popular e familiar, de forma leve e acessível, característica comum da crônica que aborda aspectos do dia a dia.
Linguagem Descritiva e Envolvente: O autor utiliza uma linguagem que busca evocar imagens e sensações ("bandeirinhas coloridas", "animação reina", "cheia de vida e alegre"), convidando o leitor a vivenciar a cena, sem a formalidade de um texto informativo.
Reflexão sobre a Cultura Popular: Embora não seja uma análise aprofundada, o texto reflete sobre o significado cultural do São João ("verdadeira expressão da cultura brasileira", "deixando os problemas de lado e dançar quadrilha"), o que se alinha com a natureza reflexiva e muitas vezes afetiva da crônica.
Aluna: Laís Gabrielle Silva Vieira
Professor: Ermeson Nathan
Neste mês de junho, as pessoas ficam um pouco mais românticas e alegres por conta dos feriados de Dia dos Namorados e Corpus Christi, mas não só esses feriados, como também as festas de São João.
Essas comemorações são importantes para as pessoas de formas diferentes; cada um gosta ou desgosta desses feriados de maneiras variadas. No entanto, mesmo com essas variações de emoções, a que mais predomina é a alegria e o amor. O mês de junho traz um calor incrível ao coração das pessoas.
As comidas típicas de São João são uma delícia! Minhas preferidas são a maçã do amor e a canjica; muitas pessoas também amam essas comidas. Eu adoro ver os penteados e roupas de São João pelas redes sociais, tem penteados lindos.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Tom Pessoal e Subjetivo: O texto reflete as impressões e gostos pessoais do autor sobre o mês de junho e as festas juninas ("minhas preferidas são...", "eu amo ver..."), o que é uma característica marcante do gênero crônica.
Abordagem do Cotidiano: A crônica trata de um tema comum e familiar (os feriados e festas de junho, as comidas típicas) de forma leve e reflexiva, sem a profundidade de um artigo acadêmico.
Linguagem Simples e Fluida: O texto utiliza uma linguagem acessível e direta, que busca uma conexão rápida e afetiva com o leitor, sem a necessidade de grandes elaborações ou formalidades.
Aluna: Helena G. Novais 8º C
Sobre mim: Sou Helena, nasci dia 15 de setembro de 2010. Eu tenho uma enorme paixão pela arte, músicas e animais, também amo coisas vintages, queria ter uma vitrola e colecionar discos.
Professor: Ermeson Nathan
São João sempre foi cheiro de milho, riso solto e coração dançando em volta da fogueira. Na minha lembrança, tinha milho cozido, diversos tipos de doce e a fogueira acesa. Hoje, a festa continua, só que também mora nas redes.
A gente posta a roupa xadrez, manda correio elegante por DM e assiste à quadrilha no Reels. A tradição ganhou novas formas, mas não perdeu seu fogo. A mídia virou parceira da cultura, espalhando o calor dessa festa até onde a fogueira não alcança.
Porque o que importa mesmo é nossa cultura viva, mesmo que seja pela tela do celular. Essa adaptação mostra que a tradição não é estática, mas sim um organismo pulsante que encontra novas maneiras de respirar e se conectar, garantindo que as futuras gerações também possam sentir o calor do São João, não apenas no quintal, mas em cada like e compartilhamento.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Tom Pessoal e Subjetivo: O texto é narrado em primeira pessoa e foca nas memórias e sentimentos do autor sobre as festas juninas ("na minha lembrança tinha...", "o que importa mesmo é nossa cultura viva"), uma característica marcante da crônica.
Abordagem do Cotidiano: A crônica aborda um tema comum e de fácil identificação – as festas de São João e sua adaptação aos tempos atuais – de forma leve e reflexiva, sem a profundidade de um artigo acadêmico.
Linguagem Leve e Concisa: O texto utiliza uma linguagem simples, direta e envolvente, ideal para o gênero que busca uma conexão rápida e afetiva com o leitor, sem a necessidade de grandes elaborações.
Aluna: Mirela Araújo de Carvalho 8º D
Sobre mim: Meu nome é Mirela, tenho 14 anos e gosto de cozinhar e ir à igreja.
Professor: Ermeson Nathan
Junho chega e com ele aquele cheiro de fogueira que mora na minha memória. Lembro-me da quadrilha no quintal, do milho assado e dos balões no céu. Hoje, o São João também aparece no Instagram, nos vídeos do TikTok, nas mensagens da família no WhatsApp.
Mesmo com tanta tecnologia, a tradição continua viva. O São João se reinventa, mas segue sendo afeto, pura alegria e pertencimento. Em Goiás, tudo isso ganha força: a festa, a memória e a forma como a gente se comunica.
Entre sanfona e Wi-Fi, o São João segue celebrando. Porque, para mim, o São João é raiz que aprende a florescer em qualquer tempo.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Caráter Pessoal e Subjetivo: A autora expressa suas memórias e sentimentos ("cheiro de fogueira que mora na minha memória", "para mim, o São João é raiz"), o que é uma marca do gênero crônica, que se vale da voz individual.
Abordagem do Cotidiano: O texto trata de um tema comum e familiar – as festas juninas e sua adaptação aos tempos atuais – de forma leve e reflexiva, sem a profundidade de um ensaio ou artigo.
Linguagem Leve e Afetiva: O uso de uma linguagem simples, direta e com um tom nostálgico e afetuoso ("pura alegria e pertencimento", "raiz que aprende a florescer") aproxima o leitor da experiência narrada, característica das crônicas.
Aluna: Milena Yasmin da Silva Ribeiro
Sobre mim: Meu nome é Milena, tenho 13 anos e gosto de ver séries e jogar roblox.
Professor: Ermeson Nathan
O mês de maio chega com seu cheiro de fogueira, risos soltos ao redor do milho e a alegria contagiante das festas de São João. Essa celebração, que pulsa no coração de tantas comunidades, é mais do que uma tradição; é uma expressão viva da cultura popular que atravessa gerações.
É tempo de recordar histórias ao redor da fogueira, de dançar quadrilha e de vestir a camisa de chita, roupas que carregam o sabor de nossas raízes. As palavras dançam ao redor da sanfona e da zabumba, embalando memórias afetivas que se reinventam a cada ano.
Nos tempos atuais, as festas ganham novas formas de expressão. Como elas aparecem nas mídias digitais? Será que uma live de quadrilha online consegue transmitir a mesma energia de uma festa presencial? E a comunicação, como ela se reinventa, colocando histórias de maneira criativa, usando Instagram, TikTok ou WhatsApp para celebrar essa cultura que pulsa forte em nossos corações?
O espaço de goianidade, de valorização da cultura popular, torna-se um dos mais importantes nesse momento. Como o São João faz parte da nossa identidade? Como as manifestações culturais se mantêm vivas mesmo diante dos desafios de uma sociedade cada vez mais digital? Essas perguntas nos convidam a refletir sobre a força que temos ao preservar nossas tradições e ao celebrá-las com orgulho e criatividade.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Abordagem do Cotidiano: O texto explora um tema familiar e do dia a dia – as festas de São João –, tratando-o de forma leve e reflexiva, sem aprofundamento técnico ou científico.
Tom Pessoal e Reflexivo: O autor compartilha suas percepções e levanta questionamentos pessoais sobre a tradição e sua evolução ("Como elas aparecem nas mídias digitais?"). Esse tom introspectivo e subjetivo é uma característica marcante da crônica.
Linguagem Poética e Evocativa: Há um uso de linguagem que busca despertar sensações e memórias ("cheiro de fogueira", "risos soltos", "palavras dançam ao redor da sanfona"), aproximando o texto da sensibilidade do leitor, sem a formalidade de um artigo ou ensaio.
Aluna: Camila Alessandra 8º D
Professor: Ermeson Nathan
Chega junho e o coração do povo goiano já começa a bater no ritmo do forró. As escolas se enchem de bandeirinhas, comidas típicas e ensaios de quadrilha. A festa junina é uma tradição viva em Goiás, com cheiros, cores e sons que despertam memórias e alegria.
Na escola, participo com entusiasmo: visto-me de caipira, danço com os colegas e provo a pamonha feita com carinho. Cada detalhe carrega a cultura popular goiana, que passa de geração a geração. É mais que uma festa; é história contada em cada canto.
Hoje, o São João também vive nas redes sociais. Assisto a vídeos no TikTok com danças juninas e receitas típicas; a mídia ajuda a espalhar a tradição, misturando o antigo com o novo. Assim, a cultura não se perde, apenas se transforma.
As goianidades aparecem em tudo isso: no jeito de falar, no sabor da comida, no som da sanfona. Goiás tem uma maneira única de celebrar, com fé, alegria e muita criatividade. O São João é a cara do nosso povo e continua mais vivo do que nunca.
Este texto é considerado uma crônica por três motivos principais:
Cotidianidade: Ele aborda um tema do dia a dia, a festa junina, de forma leve e pessoal, com foco em experiências e observações.
Linguagem Subjetiva e Pessoal: A autora expressa suas impressões, sentimentos e vivências ("meu coração já começa a bater", "participo com entusiasmo", "cada detalhe carrega a cultura popular goiana"), o que é característico do gênero.
Breve e Conciso: A crônica é um texto curto, que geralmente aparece em jornais ou revistas, e este exemplar se encaixa nesse formato, apresentando uma reflexão pontual sobre o assunto.
Aluna: Lydia Rafaely Coimbra Mendes
Professor: Ermeson Nathan
Algumas tecnologias vieram para propagar as culturas regionais, locais. A internet é uma delas, por exemplo. Com as denominadas novas tecnologias atreladas aos meios de comunicação de massa, como o celular, por exemplo, e respaldadas pelas mídias digitais que nos mostram, em pequenos segundos, nos stories e em alguns reels, é que a cultura vai sendo disseminada.
Responsável pelo rompimento de barreiras, o stories do Instagram e os pequenos vídeos que conseguimos fazer por meio de um aparelho eletrônico servem como ponte onde a cultura de Goiás atravessa mares, casas, apartamentos e navega pelo ocidente, ultrapassando os muros invisíveis que, até outrora, nos separavam.
Agora, a tradição de Goiânia tem chegado aos inúmeros aparelhos de mídia e comunicação e ultrapassado as barreiras da cultura local. O que antes era regional, na sociedade da comunicação, torna-se global. O milho, a canjica, o sertanejo raiz e universitário, a cavalhada de Luziânia e a festa do Divino da mesma cidade chegam, nesse momento, pelas telas verticais de formato, em sua maioria, retangular.
É pela tela, pela janela, pelo retangular do celular que se aprochega o matuto do sertão goiano com o global. Toda comunicação e rompimento de fronteira é importante para o Estado, para a propagação da cultura e para o inter diálogo entre os povos.
O problema, como dizem, vem a cavalo. Nesse momento o brasileiro não consegue se manter em silêncio. Se tudo é exposto à tela do celular, tudo um pouco se mostrará. Não somos só circo e pão, não somos só espetáculos. Somos interconexão cultural. Mas quem mostra demais na tela acaba mostrando demais a janela do privado.
Talvez quem inventou o celular, inventou a comunicação de massa, acertou por um lado, mas pecou por outro. Na contramão, o produto de maior comunicação tem se tornado, por um lado, nosso aliado e, por outro, nosso vilão. São dois lados de uma mesma viagem, como nos lembra Milton Nascimento. Ou, como cá aprendemos, dois lados de uma mesma moeda. Se de um lado temos a cara, do outro a coroa. Estamos a jogar a moeda para cima, o que vai cair? Não se sabe, apenas se aguarda.
Do lado de cá, só nos resta divulgar a cultura, do lado de lá que recebam da forma mais pura. Goiás é além de cultura, mídia e comunicação. O que queremos ainda não tem nome, mas ficamos com as tecnologias.
Esse texto é uma crônica por, pelo menos, três motivos principais:
A crônica se caracteriza por uma linguagem mais informal, próxima do leitor, e que reflete a perspectiva pessoal do autor. No texto, notamos isso através do uso de "nos mostra", "conseguimos fazer", "nosso aliado e vilão", e o desfecho com "Do lado de cá, só nos resta divulgar a cultura, do lado de lá que recebam da forma mais pura". O autor compartilha suas reflexões e opiniões sobre o impacto das novas tecnologias na disseminação da cultura, o que é um traço marcante do gênero.
Crônicas frequentemente abordam temas do dia a dia, fatos que estão em evidência e que podem ser observados na realidade contemporânea. O texto discute a influência da internet, dos celulares e das mídias digitais (stories, reels) na propagação das culturas regionais, com foco na cultura goiana. Esse é um assunto extremamente atual e relevante, que afeta a vida de muitas pessoas e gera reflexões sobre a sociedade da comunicação.
Embora a crônica não tenha a profundidade de um ensaio acadêmico, ela costuma apresentar uma reflexão sobre o tema abordado, com um toque de crítica ou questionamento. No texto, o autor pondera sobre os dois lados da moeda das novas tecnologias: a capacidade de propagar a cultura e a possível exposição excessiva da vida privada. A frase "Na contramão, o produto de maior comunicação tem se tornado, por um lado, nosso aliado e, por outro, nosso vilão" e a metáfora da moeda sendo jogada para cima com um futuro incerto ("O que vai cair? Não se sabe, apenas se aguarda") exemplificam essa natureza reflexiva e, por vezes, crítica, que convida o leitor a pensar sobre as consequências do avanço tecnológico.
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