Aluna: Milena Yasmin da Silva Ribeiro
Professor: Ermeson Nathan
Julho é um mês curioso. Enquanto no Norte o sol aquece a pele, no Sul é o frio que abraça. É um tempo dividido — como se o mundo estivesse vivendo duas histórias ao mesmo tempo. É sobre partidas e chegadas, fins e recomeços, infância que insiste em permanecer e juventude que corre apressada.
Julho ensina que os contrastes fazem parte da vida. É no frio que o abraço aquece. É no calor que sentimos a leveza do vento. E no meio de tudo isso, seguimos — resistindo, sentindo, vivendo.
Escrever também é resistir. É deixar um pedacinho nosso no tempo, seja ele quente ou frio. E talvez, no fim, julho só esteja nos lembrando que podemos ser verão e inverno ao mesmo tempo.
Este texto é caracterizado como crônica pelos seguintes motivos:
Linguagem pessoal e subjetiva: O texto expressa as reflexões e sentimentos da autora sobre o mês de julho.
Temática cotidiana: Aborda um aspecto comum da vida (o contraste das estações em um mesmo mês) de forma poética.
Caráter breve e conciso: É um texto curto, com poucas divagações, que se concentra em uma única ideia central.
Aluna: Mirela Araújo de Carvalho 8D
Professor: Ermeson Nathan
Julho é contraste: calor lá fora, frio aqui dentro. Enquanto o Norte vive o verão, a gente se esconde do inverno. É um mês de pausas e reflexões, onde metade do ano já passou e a outra ainda promete.
Nesse tempo de dualidades — infância e juventude, descanso e pensamento — encontrei na escrita um abrigo. Inspirada pelo evento Goinidades, escrevo como forma de resistência íntima, para lembrar que até no silêncio o coração fala. Julho me ensina isso: que há força em olhar pra dentro e poesia em existir, mesmo entre extremos.
Este texto é caracterizado como crônica pelos seguintes motivos:
Linguagem pessoal e subjetiva: A autora expressa suas próprias percepções e sentimentos sobre o mês de julho.
Temática cotidiana: Aborda um aspecto comum do dia a dia (as diferentes estações em um mesmo período) de forma reflexiva.
Caráter breve e conciso: É um texto curto que explora uma ideia central com um tom mais intimista.
Aluno: Kaleb de Souza Santo
Professor: Ermeson Nathan
No quintal da minha avó, o tempo tinha cheiro de terra molhada e gosto de manga madura. Era verão, sempre. O calor se escondia entre as goiabeiras e as risadas altas, e eu corria descalço, convencido de que a vida era aquilo: um eterno agora, cheio de poeira, formigas e sol.
Mas o tempo, esse bicho sem rosto, começou a mudar o tom. A adolescência chegou como o primeiro vento frio depois de um longo verão — estranha, cortante, cheia de perguntas sem resposta. Já não havia mais quintal. As goiabeiras foram arrancadas para dar lugar a um muro. E eu fui me tornando outro, como quem parte de si mesmo para nunca mais voltar inteiro.
A juventude foi uma espécie de estação intermediária. Nem mais criança, nem ainda adulto. Um lugar onde se parte e se chega ao mesmo tempo. Era uma época em que o peito ardia de calor por dentro, mesmo nos invernos mais severos. Mas também havia um frio silencioso que nascia da solidão, do não saber ao certo onde se encaixar.
Hoje, escrevendo isso, percebo: a infância e a juventude não são tempos separados. São dois lados de um mesmo espelho, rachado pelas urgências do mundo. E cada palavra que escrevo é uma tentativa de colar esses pedaços, de resgatar alguma verdade esquecida entre as rachaduras.
É por isso que escrevo. Porque a escrita me devolve partes de mim que o tempo tentou levar. Porque, como propõe o Goinidades, escrever é resistir — ao esquecimento, ao silêncio, ao desaparecimento de tudo o que fomos.
Na escrita, o frio e o calor coexistem. A partida e a chegada se confundem. A infância e a juventude caminham de mãos dadas, como velhos amigos que nunca deixaram de ser vizinhos. E eu, que pensei ter perdido tudo, descubro que ainda carrego o quintal da minha avó nos bolsos — e que ele floresce sempre que uma palavra brota.
Este texto é caracterizado como crônica pelos seguintes motivos:
Linguagem pessoal e subjetiva: O autor compartilha suas memórias e reflexões de forma íntima e pessoal.
Temática cotidiana: Aborda experiências comuns da vida (infância, adolescência, juventude) sob uma perspectiva reflexiva.
Caráter breve e conciso: O texto é curto e focado, explorando as memórias e sentimentos do autor de forma direta.
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